Nos últimos dias,
a sociedade brasileira
se deparou com dois
fatos relacionadas à
atuação de jornalistas.
No primeiro, a jornalista
Raquel Sheherazade, âncora
do “Jornal do SBT”,
expressou sua opinião
sobre prática que, infelizmente,
tem-se mostrado cotidiana, qual
seja o “justiçamento”
de suposto adolescente criminoso,
que teria sido pego
e amarrado a um
poste por grupo de
pessoas, que alegadamente fazem “justiça
com as próprias mãos”.
A jornalista, então,
afirmou “ser compreensível”,
diante do absoluto descalabro
por que passa a
segurança pública, face
à ausência e omissão do
Estado, a indignada,
desesperada reação da
sociedade.
Apesar de não
ter promovido apologia de
fato criminoso, não foram
poucas as vozes, muitas
das quais “bastante
respeitáveis”, na
imprensa, nos meios
jurídicos e nos ditos “formadores de opinião”, que
se levantaram contra a
jornalista, buscando suprimir-lhe
a liberdade de expressar,
opinar e informar.
Tais vozes, escudando-se
em pseudo (des)entendimentos sobre o que
são os direitos de expressão, não se pejaram de defender,
inclusive, que a
jornalista seria passível
de ser processada
e punida criminalmente,
por suas palavras.
Dias depois, tragédia
humana atingiu o repórter cinegrafista Santiago Andrade, da “Rede Band”, quando ele fazia cobertura de supostos “protestos contra aumento de passagem de ônibus” no Rio de Janeiro. Foi atingido por um rojão deflagrado por criminosos, terroristas, que, há tempos vêm dominando as ruas maiores cidades brasileiras, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo. Um rojão que foi deflagrado para matar qualquer pessoa, indistintamente. O pior aconteceu. Santiago não resistiu. Ceifou-se a vida de um homem, pai de família, trabalhador, profissional da imprensa, como poderia ter sido uma criança, um idoso, um gari, um advogado, um engenheiro, um empresário, um policial militar etc. Não importa! Os que aterrorizam a sociedade não encontram limites, não padecem de
pruridos morais.
Agora, as autoridades competentes estão a buscar as causas dessa trágica morte de Santiago. No
entanto, são milhares de Santiagos
assassinados por ano. 60 mil serão mortos em 2014. Todavia, que fique claro, os assassinatos dos Santiagos não são causados por falta de "redistribuição de renda e riquezas..." O assassinato do jornalista Santiago foi executado barbaramente
por criminosos, terroristas que se querem representantes da sociedade. Não são! Não passam de sujeitos que devem ser investigados, processados e punidos pelas instituições do Estado de Direito, que devem ser execrados pela sociedade.
Pois então, no
contexto desses fatos,
revelam-se o tempo,
os costumes, a moralidade dos
perseguidores implacáveis da jornalista Raquel Sheherazade
e dos assassinos
do cinegrafista Santiago.
Desnudam-se seus valores, suas identidades
ideológicas. Uns “querem
a cabeça” da jornalista,
querem cassar-lhe a possibilidade
de expor, em rede
de televisão, suas opiniões
que vão contra a
ditadura politicamente
correta, esta que
admite apenas “opiniões
corretas”, conforme
as balizas ideológicas
do regime.
Os outros, os
que arrancaram a vida
do cinegrafista Santiago,
têm ameaçado, agredido,
violado os profissionais
de imprensa, nos seus
mais básicos direitos de
existir e trabalhar;
infligindo-lhes absurdo receio
de aparecer e se
identificar profissionalmente,
sobretudo pela coação, pelo
terror, pela violência.
Sinal dos tempos.
A liberdade de pensamento,
expressão e informação
são valores caros à
Democracia, albergados
pela Constituição, assim
como são os direitos
à propriedade, à
liberdade locomoção,
à segurança pública. Direitos
esses que têm sido,
sistematicamente, atacados pelos
ditadores da “opinião
politicamente correta”,
como também pelos criminosos,
terroristas, assassinos,
que se querem representantes
da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A liberação dos comentários obedecerá estrita e rigorosamente os critérios do proprietário do blog, observando, em primeiro lugar, os princípios legais.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.